A equipe do Ambulatório de Moléstias Infecciosas (AMI) da Secretaria Municipal da Saúde distribuiu 75 mil preservativos masculinos, 3 mil leques com informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e tráfico de pessoas e 10 mil panfletos educativos. Essa distribuição, que contemplou clubes, escolas de samba, o Ceunsp (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio) e algumas empresas, faz parte da Campanha de Prevenção no Carnaval de 2013, promovida pelo Ministério da Saúde. No Ceunsp houve ainda palestras de orientação.
Neste ano, a campanha tem como tema “A vida é melhor sem aids”, com a frase de apoio “Proteja-se. Use sempre camisinha”. A campanha é direcionada à população geral de 15 a 49 anos e sexualmente ativa. A escolha dessa população leva em conta critérios epidemiológicos e comportamentais. Dados do Ministério da Saúde apontam que, nos últimos anos, o uso da camisinha vem caindo em todas as faixas etárias.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, pesquisas demonstram que as relações casuais têm apresentado aumento e que 25,3% da população tiveram mais de dez parceiros na vida (população de 15 a 64 anos – PCAP 2008). No último ano, 14,6% dos jovens tiveram mais de cinco parceiros eventuais. Também nesse período, o índice foi proporcionalmente a metade (7,2%) entre a população de 24 a 49 anos de idade.
Do total de pessoas sexualmente ativas no país (78 milhões), 85,5% tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses. Mesmo a população contando com elevado conhecimento sobre o preservativo como sendo o método mais eficaz para a preservação ao HIV e outras DSTs (98% da população), os dados apontam que, após a primeira relação sexual, o uso da camisinha cai. Registros mostram que o uso passa de 61% para 50% nas relações sexuais com parceiros casuais.
A campanha de prevenção tem como principais objetivos: reforçar que o uso da camisinha deve ser sempre um hábito, possível de ser seguido, e que pode até melhorar a relação, desconstruindo o imaginário popular de que fazer sexo sem camisinha é melhor.
Sabe-se que uma boa parte da população jovem já usa a camisinha como hábito. Mas, o desafio dos órgãos envolvidos com a saúde é fazer com que mais pessoas adotem a mesma prática, mesmo quando a relação fica estável, além de alertar aos jovens que a aids ainda não tem cura.