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Itu comemora os 190 anos do título de Fidelíssima no dia 17

A Secretaria de Cultura da Prefeitura de Itu e a Câmara de Vereadores vão comemorar no próximo dia 17 de março os 190 anos do título de Fidelíssima, concedido à cidade de Itu pelo Imperador D. Pedro I.

A comemoração será às 11h em frente à casa nº 39 da Praça Padre Miguel (Largo da Matriz), local onde funcionava a Câmara Municipal naquela época. Após o ato solene pelos 190 anos da Carta Imperial, a Corporação Musical União dos Artistas fará um concerto com intervenção da Dra. Maria Lucia Marins e Dias Caseli, ex-vereadora e membro da Academia Ituana de Letras.

Contexto histórico

Desgostosos com a permanência de D. João VI no Brasil, desde 1808, os portugueses travaram em 1820 a Revolução do Porto, em defesa do estabelecimento de um regime constitucional, e a reunião das Cortes em Lisboa exigia o regresso de D. João VI a Portugal e a permanência no Brasil de D. Pedro de Alcântara como príncipe-regente.

Em 23 de junho de 1821, o povo e a tropa da cidade de São Paulo reuniram-se no antigo Largo de São Gonçalo para organizar um Governo Provisório, jurar as bases da Constituição e obediência a D. João VI e ao príncipe-regente.

A 15 de julho, a Câmara de Itu inteirou-se oficialmente da instalação do Governo Provisório da província.

Entretanto, diversos jogos de interesse político envolvendo membros de grupos partidários da Constituição Liberal Portuguesa e famílias tradicionais da política na época acabaram por rachar o governo provisório resultando numa grande desordem que assustou a sociedade paulistana.

O vereador ituano Antônio Pacheco da Fonseca, que se encontrava na capital da Província de São Paulo e presenciara os acontecimentos, regressou às pressas para Itu e contou aos ituanos todas as peripécias das tropas revoltadas com o Governo Provisório.

Indignado, Paula Souza e Mello reuniu os correligionários e aconselhou a convocação da Câmara. Os vereadores reuniram-se por duas vezes no dia 28 de maio.

A primeira, em sessão extraordinária com a presença do clero, nobreza, autoridades e povo, na qual deliberou-se como proceder diante do motim na capital; a segunda, em sessão simples na qual foram redigidos os documentos destinados ao príncipe-regente e ao Governo Provisório.

A Câmara de Itu manifestou toda a sua indignação contra os acontecimentos, protestando a mais leal e sincera obediência ao príncipe-regente.

Nos dias seguintes, diante do recrudescimento dos fatos, a Câmara de Itu reiterou suas posições e, contando com a adesão de quase todas as vilas da comarca, resolveu declarar nulo o Governo Provisório.

Em resposta, o príncipe-regente louvou a lealdade e patriotismo dos ituanos e resolveu vir a São Paulo. A 26 de agosto de 1822, Itu recebeu a notícia da chegada do príncipe e da deposição do Governo Provisório.

A Câmara reuniu-se e decidiu, incorporada às demais Câmaras da Comarca, prestar os preitos de sua lealdade e obediência a D. Pedro de Alcântara.

Acalmado os ânimos na capital, D. Pedro e sua comitiva foram a Santos. Na volta, às margens do Ipiranga no dia sete de setembro de 1822 declarou o Brasil politicamente independente de Portugal.

Seis meses depois, em 17 de março de 1823, já aclamado imperador, D. Pedro I, Sua Alteza Real, assinou a Carta Régia que concedeu a Itu o título de Fidelíssima, “por se ter avantajado a outras povoações por seu denodo e patriotismo”.

Fonte: https://www.itu.sp.gov.br/cultura/?area=209

DA