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Prefeitura divulga ações estratégicas para combater a dengue

Apesar do número baixo de casos na cidade, avanço da doença na região é preocupante e requer colaboração de todos

A Prefeitura de Itu, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, definiu ações que serão implantadas na primeira quinzena de março como parte do plano de contingência da dengue no município elaborado desde 2013. O secretário municipal da Saúde, Manoel Monteiro, anunciou a implantação de cinco salas de hidratação, distribuídas em pontos estratégicos da cidade, e também a realização nas dependências do Pronto Atendimento Municipal (PAM), localizado na Vila Martins, do exame de hemograma para auxiliar o diagnóstico de dengue.

As salas de hidratação, procedimento importante no tratamento da dengue, funcionarão conforme a necessidade inclusive com possibilidade de horário estendido até às 19h. Já a realização do exame de hemograma, no serviço que atende a região do Pirapitingui, visa agilizar o diagnóstico e o tratamento de casos de dengue. De janeiro de 2015 até o momento Itu registrou cinco casos autóctones de dengue e nove casos importados da doença.

“Estamos numa situação privilegiada em relação ao número de casos da doença em cidades vizinhas, mas existe o risco desse número aumentar em Itu. Nosso município está geograficamente próximo a outras cidades que já apresentam uma quantidade elevada de casos. Devemos considerar que muitos moradores de Itu trabalham ou estudam nesses municípios, podendo contrair a doença nesses locais. E pessoas que residem nessas cidades também transitam por Itu. Ou seja, o controle se torna mais difícil se tivermos o mosquito e a pessoa doente. Ao picar essa pessoa, o mosquito começa um ciclo de transmissão da dengue”, observa.

Ao longo dos últimos anos, a Prefeitura de Itu tem mantido um trabalho contínuo de combate à dengue. Independente do registro de casos na cidade ou em municípios vizinhos, esse trabalho é realizado pelas equipes do serviço de Controle de Vetores e da Vigilância Epidemiológica durante todo o ano. “Nossos profissionais trabalham o ano todo no combate à dengue. Essa constante investigação fez com que Itu identificasse casos no período interepidêmico, de julho a dezembro”.

Colaboração da população

Ainda segundo o secretário, o combate a essa doença requer também a colaboração da população. Ele ressalta a importância das pessoas estarem atentas para que não tenham criadouros do mosquito Aedes aegypti em suas residências e nos seus locais de trabalho ou estudo. As recentes visitas casa a casa, realizadas pela equipe do serviço de Controle de Vetores, apontaram que após a crise hídrica no município algumas pessoas continuam armazenando água de forma incorreta ou descuidando de recipientes que foram utilizados para o referido armazenamento. “É preciso manter esses recipientes devidamente tampados e limpos. Vale lembrar que o mosquito pode depositar ovos nesses recipientes e é fundamental removê-los no momento da limpeza dos mesmos”, reforça.

Preocupado também com o diagnóstico precoce da doença, Monteiro informa que as equipes envolvidas no trabalho se reúnem com frequência para discutir estratégias e intensificar as ações de combate à dengue. Os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (Postos de Saúde) e dos Pronto Atendimento Municipais (PAMs) recebem orientação e treinamento para a abordagem correta e investigação das suspeitas. O secretário divulga que pedirá atenção redobrada aos profissionais do Hospital São Camilo, dos serviços de convênio médico e de saúde particular.

De acordo com ele, o diagnóstico precoce pode salvar vidas e agiliza o acompanhamento do quadro de saúde das pessoas que tiveram contato com quem já contraiu a doença.

Sintomas

Além de solicitar atenção especial a possíveis criadouros, o secretário orienta a população a procurar um serviço de saúde imediatamente ao apresentar os sintomas da doença. Os sintomas da dengue clássica são febre alta com início súbito; forte dor de cabeça; dor atrás dos olhos que piora com o movimento dos mesmos; perda do paladar e apetite; manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tonturas; extremo cansaço; moleza e dor no corpo; muitas dores nos ossos e articulações.

Já os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença acontece quando acaba a febre e começam a surgir os seguintes sinais de alerta: dores abdominais fortes e contínuas; vômitos persistentes; pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; manchas vermelhas na pele; sonolência, agitação e confusão mental; sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória; perda de consciência.

Em caso de dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. Segundo o acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, aproximadamente 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até não apresentar sintomas. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução do quadro para dengue hemorrágica. Esse quadro grave necessita de atenção médica imediata, pois pode ser fatal.

Texto: Angélica Estrada/Prefeitura de Itu

(13/02/2015)