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Gestão de resíduos sólidos em Itu reúne tecnologia e conscientização ambiental

Contêiner Subterrâneo

Contêiner Subterrâneo

Referência em sustentabilidade, cidade conta com contêineres subterrâneos e de superfície que recebem mais de 58,9 mil toneladas de resíduos por ano

No Mês do Meio Ambiente, a cidade de Itu se destaca numa posição confortável em relação a um dos grandes desafios para a sociedade moderna: equacionar a balança da geração excessiva de lixo e seu destino adequado. Com um modelo de gestão implantado pela Prefeitura através de PPP (Parceria Público Privada), Itu está no seleto grupo de municípios brasileiros que cumpre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10).

O lixo é depositado pela população em mais de 3658 contêineres que, se enfileirados, somariam mais de cinco quilômetros. Há também oito contêineres subterrâneos, com capacidade individual para três metros cúbicos. Cerca de 92,1% do lixo recolhido é domiciliar, somando mais de 58,9 mil toneladas por ano. Esse material é coletado por caminhões mecanizados e destinado ao aterro sanitário municipal, avaliado com nota nove pela Cetesb.

Os outros 7,9% dos resíduos coletados são de materiais recicláveis, que equivalem anualmente a 3,6 mil toneladas, encaminhados à pela Comarei (Cooperativa de Materiais Recicláveis de Itu).

A cidade dispõe ainda de oito ecopontos, implantados a partir de outubro de 2013, diminuindo os descartes de entulho em áreas inadequadas. Por ano, eles recebem cerca de 6,6 mil metros cúbicos de resíduos, volume equivalente a 2,6 piscinas olímpicas cheias.

A experiência com a gestão do lixo já rendeu convites ao prefeito Antonio Tuíze para palestrar sobre o assunto em várias cidades do Brasil (Porto Alegre, Salvador, Vitória, Recife) e em outros países (México, Equador, Coréia do Sul). Em dezembro passado, Tuíze representou Itu na França, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a Cop 21.

Consciência ambiental

Mas de nada adiantaria esse aparato todo disponibilizado pela Prefeitura se não houvesse a colaboração da população. Por isso, o Programa de Educação Ambiental da Prefeitura trata do tema durante todo o ano conscientizando adultos e crianças das vantagens de separar o lixo e destiná-lo corretamente.

A Prefeitura produz folhetos e faz ações de conscientização nos bairros sobre a importância da separação, armazenamento correto e destinação dos materiais recicláveis. A reciclagem reforça a limpeza na cidade, evitando o acúmulo de lixo, combatendo a proliferação de moscas, ratos e ainda do mosquito causador da dengue.

Em razão da grande participação popular, o volume comercializado de recicláveis aumentou em 50% em três anos. Hoje são 300 toneladas/mês. Isso se deve, em parte, à ampliação da coleta com a inclusão de bairros como Bom Viver, Jardim Paulista I e II, Jardim Itaim II e algumas empresas parceiras. “A coleta do material reciclado ajuda a prolongar a vida útil do aterro sanitário, destinando para ele apenas o que realmente deve ir para lá.”, comenta José Soares, diretor financeiro da Comarei.

(03/06/16)