No próximo sábado (04/07), das 9h às 17h, na Praça da Independência (Praça do Carmo), acontece a Campanha Sorria para a Vida – Diagnóstico de Câncer Bucal. Com apoio da Prefeitura de Itu, o evento realizado pela Federação Dentária Internacional (FDI), Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas (ABCD) e Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD – Regional de Itu) contará com um odontomóvel da APCD.
O objetivo da campanha é diagnosticar pacientes com lesões suspeitas ou passíveis de transformar em câncer, além de oferecer orientações preventivas. Serão realizados exames clínicos e biopsia para os casos indicados para pacientes fumantes e que bebem destilados e que tenham mais de 50 anos, além de atender às pessoas que comparecerem para esclarecer dúvidas. Casos suspeitos de câncer bucal serão encaminhados para tratamento específico.
As recomendações para se ter uma boa saúde bucal são: não beber, não fumar e ter acompanhamento odontológico de rotina. O diagnóstico precoce de um câncer bucal possibilita chance de cura entre 80% a 90% dos casos, que já atingem mais de 14 mil brasileiros e matam 4 mil adultos/ano no Brasil. No caso de bebês, visitas frequentes ao dentista entre zero e três anos de idade promovem redução de 69% da incidência da cárie.
Segundo o presidente da ABCD, Sílvio Cecchetto, essa deve ser a filosofia de prevenção a ser adotada em todo o Brasil. O secretário municipal da Saúde, Manoel Monteiro, ressalta que os investimentos em prevenção são muito eficazes, pois garantem uma melhor qualidade de vida às pessoas.
O cirurgião dentista, José Divaldo Prado, coordenador local da ação, destaca a importância da campanha. “Com o apoio da ABCD e da Prefeitura vamos poder informar a população sobre os riscos para o câncer bucal e mostrar como a prevenção é importante”.
Riscos
Os principais fatores de risco para o câncer bucal são o fumo, ingestão de bebidas alcoólicas, infecções por HPV (principalmente pelo tipo 16) e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Estudos apontam que o fumo e o uso excessivo de álcool têm sido responsáveis por 90% dos cânceres da cavidade oral e quando consumidos juntos aumentam os riscos dessa doença.
De acordo com o Instituto do Câncer (Inca), o uso de qualquer tipo de fumo disponível no mundo, incluindo todos os tipos de cigarro, inclusive o eletrônico, aumenta significativamente os riscos de muitas doenças na cavidade oral como o câncer bucal.
O Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) aponta que 83% dos homens com câncer de cabeça e pescoço, incluído o câncer bucal, são ou foram fumantes. Ainda segundo o Instituto, dos pacientes tratados, 60% são vítimas de tumores localizados na boca e 40% na faringe ou laringe.
O profissional habilitado para fazer o diagnóstico do câncer bucal nos primeiros estágios da patologia é o cirurgião dentista, o que permite o tratamento adequado para dar sobrevida de qualidade ao paciente.
Cárie
Outro problema que merece atenção no tocante à prevenção é a cárie. A Sorria para a Vida destaca que bebês, com visitas frequentes ao dentista entre zero e três anos, podem ter 69% de redução da incidência da cárie, que é o principal problema de saúde bucal no Brasil. Para a ABCD, a prevenção deve ser adotada frente todas as doenças bucais.
Quando não tratada, a cárie pode ocasionar inúmeros problemas graves para a saúde ao longo de toda a vida. De acordo com a Organização para a Pesquisa da Cárie, bebês com idade entre um ano e meio e três anos já têm em média um dente cariado. Sabe-se que, mesmo na região sudeste do Brasil, onde existem mais recursos, a ocorrência de cárie nessa faixa etária varia entre 31% e 39%.
Entre as crianças brasileiras em idade escolar, de 60% a 90% delas já têm cáries. No grupo de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, a média de dentes afetados é de 4,2, exatamente o dobro do número médio encontrado no grupo de 12 anos, que é de 2,1. A incidência média mundial aos 12 anos, por exemplo, é de apenas 1,6.
Mesmo o Brasil tendo avançado com relação à melhora da saúde bucal da população, saindo de uma condição de média prevalência de cárie (2,7 a 4,4) em 2003 para a de baixa prevalência (1,2 a 2,6) em 2010, esses dados do Ministério da Saúde mostram uma situação preocupante. Vale lembrar que a cárie é uma doença que pode ser prevenida, ou seja, evitável.
Texto: Decom/Prefeitura de Itu
(30/06/2015)