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Livro sobre obras de Almeida Junior foi lançado na última quinta-feira

Cerca de 80 pessoas participaram na noite da última quinta-feira (12/05), na Casa da Praça, do lançamento do livro “Almeida Junior, uma alma brasileira?” e da abertura da exposição “Memórias em Azul”, com trabalhos de cianotipia, ambos da professora e artista plástica ituana Paula Giovana Andrietta Frias.

O livro aborda a produção regionalista do pintor brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior, reconhecida pelos críticos e apontada como marco divisório para a arte nacional.

“Nenhum outro artista sintetizou em sua obra o ser paulista como Almeida Junior, seja da cidade ou do campo. Suas obras são testemunhos históricos, um documento da época, porque ele representa o material e o imaterial, com um homem do sítio e não com figuras importantes como presidentes, governadores da época”, comentou o professor e historiador Luiz Roberto de Francisco.

A reflexão proposta no texto tem como objetivo analisar alguns aspectos relevantes da obra do pintor, a fim de compreender o contexto em que surgiram, as diferentes avaliações críticas que receberam e o papel que tiveram no processo de renovação do panorama artístico brasileiro.

“Ele abandona as poses e traz novos olhares para as cenas, mais naturais e não habituais, como os bastidores. Ele insere novas técnicas, porém sem abandonar o acadêmico, com o máximo de realismo, tornando-se um marco divisório na pintura brasileira”, conta Paula.

Na ocasião também aconteceu a abertura da exposição da autora, “Memórias em Azul”, com trabalhos de cianotipia, um processo fotográfico artesanal do século XIX, que utiliza moléculas de ferro sensíveis à luz que conferem a cor azul a esse tipo de fotografia.

As fotos apresentadas na exposição também tem relação com as obras de Almeida Junior, representam o interior e a vida simples do homem do campo.

Além de ser o mais simples dos processos de sensibilização artesanais, a imagem formada é ainda hoje, das mais duráveis. Esse processo permite muitas apropriações e experimentações artísticas e pedagógicas na contemporaneidade.

Com tantas possibilidades que a tecnologia oferece, a cianotipia é uma oportunidade de conhecer e experimentar um processo histórico da fotografia, construindo e fixando imagens artesanalmente. Toda a população está convidada a prestigiar mais este evento gratuito promovido pela Prefeitura de Itu, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

A Secretária Municipal de Cultura cumprimentou a artista Paula Frias pelo lançamento do livro e pela exposição das fotografias, que acontecem na Semana Almeida Júnior. “As obras de temática regional de Almeida Júnior e o profundo estudo da artista sobre o pintor ituano evidenciam toda riqueza do interior paulista, contribuindo para valorizar o patrimônio cultural material e imaterial de nossa cidade”, encerrou Allie.

A exposição pode ser visitada gratuitamente na Casa da Praça, que fica na Praça Padre Miguel (Matriz), 56, Centro, de terça a sexta-feira, das 9h às 16h.

Participaram alunos de história e de artes do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio. O evento foi parte da Semana Almeida Junior, que começou no dia 08 de maio, dia do nascimento do pintor, e segue até este domingo (15/05) com o encerramento realizado pela Corporação Musical União dos Artistas, às 11h, na sede da Banda que fica na Rua Santa Rita, 978, Centro.

As atividades têm o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, do Museu da Música, Museu da Energia, Espaço Fábrica São Luiz, Associação Cultural Vozes de Itu e Instituto Cultural de Itu.

Texto e fotos: Renata Guarnieri/Prefeitura Itu

(13/05/2016)